sábado, 14 de novembro de 2009

Causas e tipos de obesidade

 
    Fonte: images.google.com.br 

Causas da Obesidad

       Pessoas classificadas como obesas apresentam um risco muito maior de doenças como a dislipidemia, o diabetes, as doenças cardiovasculares, a hipertensão, a gota, a osteoartrose e, conseqüentemente, maior risco de complicações à saúde.

      O principal mecanismo da obesidade é um desequilíbrio entre a formação e a destruição de células gordurosas no organismo. O que comemos (medido em calorias) favorece a formação de células adiposas (gordurosas) e o que gastamos (gasto calórico) favorece a destruição destas células; deste modo temos obesos que comem muito e obesos que comem pouco ou adequadamente mas gastam pouco (gasto calórico ineficiente). 

Tipos de Obesidade


  • Obesidade por hiperfagia - São os obesos que comem muito, em quantidade ou em qualidade (alimentos muito calóricos). Nem sempre a hiperfagia depende apenas de um auto controle. Além dos mecanismos psíquicos envolvidos (depressão, ansiedade, angustia, carência afetiva), estão sendo cada vez mais descritas alterações orgânicas condicionantes de hiperfagia;



  • Obesidade por gasto calórico ineficiente  - Estão incluídos os indivíduos que têm vida sedentária e os indivíduos que comem pouco mas tem a famosa tendência para engordar;



  • Obesidade hipercelular - Ocorre aumento do número total de células adiposas, que pode se tornar até cinco vezes superior ao número encontrado em indivíduo adulto normal. Esta forma de obesidade se desenvolve na infância ou adolescência, porém pode também ser observada naqueles com mais de 75% de excesso de peso corporal.



  • Obesidade hipertrófica - Caracteriza-se por um aumento de tamanho da célula adiposa por acúmulo de lipídeos. Inicia-se na idade adulta e na gestação e correlaciona-se melhor com a distribuição andróide de gordura.

Prevenção e Controle

     Quanto ao tratamento da obesidade, pode-se considerar que deve levar em conta não só o lado estético, mas a questão principal, que é a saúde do indivíduo. Atingir um bom peso deve vir acompanhado de mudanças no hábito alimentar, condicionamento físico e saúde psíquica, proporcionando condições para um crescimento, amadurecimento e envelhecimento saudáveis. O tratamento da obesidade inclui medidas dietéticas, exercícios físicos, se necessário medicação, e tratamento das condições associadas com a obesidade.

Fonte: BVS - Ministério da Saúde/Revista Nutriweb.


Quando a Alimentação vira problema de saúde pública

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), assim como a fome e a desnutrição, a obesidade está tomando proporções de epidemia, com mais de 1 bilhão de adultos com sobrepeso, sendo 300 milhões de obesos. As crianças com sobrepeso chegam a 17,6 milhões (OMS, 2003).
De fato, há vinte anos a taxa de obesidade nos países desenvolvidos era indicada em apenas um dígito e, hoje, já chega a 20%. Mais alarmante ainda, é a taxa de crescimento da obesidade nos países em desenvolvimento, que já excede aos chamados países do Primeiro Mundo (Teelucksingh, 2003).
A epidemia da obesidade já começa a atingir crianças e jovens, com índices de sobrepeso nesta faixa etária atingindo 10% em alguns países em desenvolvimento das Américas (Cole e Cols, 2000). Os países europeus também foram atingidos por essa epidemia. Uma em cada 13 mortes que acontecem por ano nos países da Comissão Européia (CE) pode ser atribuída ao excesso de peso.
A facilidade de acesso a variados tipos de alimentos fazem com que, diferentemente da populção desnutrida que, na sua maioria está nas regiões mais pobres do país, os indivídios obesos se localizem com maior frequência nas regiões mais desenvolvidas do Brasil (Coitinho e Cols., 1991; IBGE, 2004). As sociedades estão deixando seus alimentos mais tradicionais e métodos de prepará-los, para o consumo de alimentos processados e produtos industriais, mais baratos, porém mais ricos em gorduras e carboidratos, como enlatados, conservas, queijos, refrigerantes, ketchup, hambúrgueres, pizzas etc (poulain, 2004).
Variar os alimentos, não exagerar na quantidade e consumir os nutrientes adequadamente perfazem as bases de um bom hábito alimentar. Os órgãos de saúde dos Estados Unidos, com o objetivo de combater principalmente a obesidade, estão encorajando as pessoas ao consumo de um maior grupo de alimentos, como vegetais, frutas, leite, cereais, grãos e carnes (Dixon e Cols., 2001).
Observa-se que o nível de escolaridade também influência no hábito alimentar. Enquanto as mulheres que tem o maior risco de obesidade são as que se encontram na menor faixa econômica da população e com menor escolaridade, as mulheres que vivem nas áreas urbanas, que apresentam além de um nível de escolaradade, acesso à informações, mostram-se significativa e inversamente associadas ao risco de obesidade (Monteiro e Cols., 2003).