sábado, 14 de novembro de 2009

Quando a Alimentação vira problema de saúde pública

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), assim como a fome e a desnutrição, a obesidade está tomando proporções de epidemia, com mais de 1 bilhão de adultos com sobrepeso, sendo 300 milhões de obesos. As crianças com sobrepeso chegam a 17,6 milhões (OMS, 2003).
De fato, há vinte anos a taxa de obesidade nos países desenvolvidos era indicada em apenas um dígito e, hoje, já chega a 20%. Mais alarmante ainda, é a taxa de crescimento da obesidade nos países em desenvolvimento, que já excede aos chamados países do Primeiro Mundo (Teelucksingh, 2003).
A epidemia da obesidade já começa a atingir crianças e jovens, com índices de sobrepeso nesta faixa etária atingindo 10% em alguns países em desenvolvimento das Américas (Cole e Cols, 2000). Os países europeus também foram atingidos por essa epidemia. Uma em cada 13 mortes que acontecem por ano nos países da Comissão Européia (CE) pode ser atribuída ao excesso de peso.
A facilidade de acesso a variados tipos de alimentos fazem com que, diferentemente da populção desnutrida que, na sua maioria está nas regiões mais pobres do país, os indivídios obesos se localizem com maior frequência nas regiões mais desenvolvidas do Brasil (Coitinho e Cols., 1991; IBGE, 2004). As sociedades estão deixando seus alimentos mais tradicionais e métodos de prepará-los, para o consumo de alimentos processados e produtos industriais, mais baratos, porém mais ricos em gorduras e carboidratos, como enlatados, conservas, queijos, refrigerantes, ketchup, hambúrgueres, pizzas etc (poulain, 2004).
Variar os alimentos, não exagerar na quantidade e consumir os nutrientes adequadamente perfazem as bases de um bom hábito alimentar. Os órgãos de saúde dos Estados Unidos, com o objetivo de combater principalmente a obesidade, estão encorajando as pessoas ao consumo de um maior grupo de alimentos, como vegetais, frutas, leite, cereais, grãos e carnes (Dixon e Cols., 2001).
Observa-se que o nível de escolaridade também influência no hábito alimentar. Enquanto as mulheres que tem o maior risco de obesidade são as que se encontram na menor faixa econômica da população e com menor escolaridade, as mulheres que vivem nas áreas urbanas, que apresentam além de um nível de escolaradade, acesso à informações, mostram-se significativa e inversamente associadas ao risco de obesidade (Monteiro e Cols., 2003).

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