O crescente número epidemiológico da obesidade e diabetes tornou-se uma alerta para toda população mundial, considerando-se que as terapias medicamentosas e cirúrgicas para essa epidemia não têm obtido muito êxito. Além disso, a obesidade predispõe inúmeros tipos de câncer, doenças nas articulações, distúrbios cardiovasculares, respiratórias, entre outras. Neste ponto vale ressaltar que pessoas obesas correm mais risco de serem desnutridas, por conta da falta de nutrientes essenciais em sua dieta, que pessoas não obesas. Nessas condições, faz-se urgente e necessário novas abordagens a respeito do tratamento eficaz para a obesidade como prioridade absoluta.
O primeiro passo para se iniciar o tratamento deve-se a redução da ingestão de alimentos hipercalóricos, acompanhado da prática de atividades físicas, bem como uma reeducação alimentar.
Saber dosar e selecionar bem o tipo de alimento a ser ingerido pode contribuir grandemente para uma redução de calorias e, consequentemente, para a perda de peso. Para que os resultados sejam obtidos com grande eficácia, a orientação de um profissional de saúde, especialmente um nutricionista, é imprescindível. Um maior aumento no gasto energético poderá ser conseguido através do aumento da quantidade de gordura marrom.
Estudo recente, intitulado: (Transcriptional control of brown adipocyte development and physiological function—of mice and men), realizado na Faculdade de Medicina de Harvard, Boston (USA), destacou a gordura marrom como um fator responsável por dissipar grandes quantidades de energia química. Assim, aumentando a ineficiência inerente metabólica de células de gordura marrom, seria uma estratégia eficaz para queimar calorias em excesso. Dado o fato de que a maioria das pessoas obesas que não estão longe do equilíbrio energético, a quantidade de BAT ativado necessário para atingir o controle de peso a longo prazo não deve exigir a geração de calor excessivo ou inaceitável.
Segundo os autores do artigo acima citado, Patrick Seale, Shingo Kajimura, and Bruce M. Spiegelman, 2009, os últimos anos têm sido uma explosão de informações relativas ao controle transcricional do desenvolvimento de células de gordura marrom. Ao mesmo tempo, surgiram novos dados que demonstram claramente que os seres humanos adultos realmente têm quantidades substanciais de funcionamento do tecido adiposo marrom (BAT). Juntos, esses avanços estão estimulando uma reavaliação do papel do tecido adiposo marrom em fisiologia e fisiopatologia humana. Estes dados têm também abriu novas oportunidades para o desenvolvimento das classes inteiramente novas de terapêuticas para as doenças metabólicas como obesidade e diabetes tipo II.
Interessados em ver o artigo, acessar:
- http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2763499/?tool=pubmed
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